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100%: Às voltas com Lautréamont Laymert Garcia dos Santos Author (ISBN: 9786586941012) n-1 edições, auch als eBook.
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100%: Às voltas com Lautréamont Laymert Garcia dos Santos Author (ISBN: 9786586941005) n-1 edições, auch als eBook.
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Às voltas com Lautréamont Laymert Garcia dos Santos Author
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Bester Preis: € 5,31 (vom 10.06.2020)1
Às voltas com Lautréamont Laymert Garcia dos Santos Author
NW EB DL
ISBN: 9786586941012 bzw. 6586941016, Sprache unbekannt, n-1 edições, neu, E-Book, elektronischer Download.
Lieferung aus: Vereinigte Staaten von Amerika, Lagernd.
Há entretanto aqueles que escrevem para aceder ao silêncio e não para expressar-se, para curto-circuitar o pensamento e não para pensar, para desaparecer e não para aparecer. Escrever torna-se atividade que se exerce em outra dimensão, escrever é o movimento de um sopro, que se funde, se confunde com sua fonte, que é vida, isto é, poesia em ação. Escrever, então, escapa à literatura e aos profissionais da expressão, escapa à lei e à culpabilidade. Tais homens, a que a rigor a tradicional noção de autor nem mais se aplica, deixam obras desconcertantes. A regra é a literatura, a regra é o caso dos homenzinhos que gostam de escrever. Há uma exceção que se subtrai às regras. Como perceber a exceção se não é possível considerá-la nos termos a que nos habituaram a literatura e a crítica? Num curto texto sobre Lautréamont, Henry Miller sugere uma via: a análise dos ingredientes e da construção da obra não ensinam nada. Alguém crucificou-se: isso é o que conta. Crucificou-se, assumiu o mal em toda a sua extensão e diversidade, no momento em que o mundo inteiro degringolava – embora ainda secretamente, no inconsciente. Alguém crucificou-se deixando, na expressão de Miller, uma bíblia negra, onde se lê: Não estamos mais na narração. [...] Ai! agora chegamos ao real, no que diz respeito à tarântula.
Há entretanto aqueles que escrevem para aceder ao silêncio e não para expressar-se, para curto-circuitar o pensamento e não para pensar, para desaparecer e não para aparecer. Escrever torna-se atividade que se exerce em outra dimensão, escrever é o movimento de um sopro, que se funde, se confunde com sua fonte, que é vida, isto é, poesia em ação. Escrever, então, escapa à literatura e aos profissionais da expressão, escapa à lei e à culpabilidade. Tais homens, a que a rigor a tradicional noção de autor nem mais se aplica, deixam obras desconcertantes. A regra é a literatura, a regra é o caso dos homenzinhos que gostam de escrever. Há uma exceção que se subtrai às regras. Como perceber a exceção se não é possível considerá-la nos termos a que nos habituaram a literatura e a crítica? Num curto texto sobre Lautréamont, Henry Miller sugere uma via: a análise dos ingredientes e da construção da obra não ensinam nada. Alguém crucificou-se: isso é o que conta. Crucificou-se, assumiu o mal em toda a sua extensão e diversidade, no momento em que o mundo inteiro degringolava – embora ainda secretamente, no inconsciente. Alguém crucificou-se deixando, na expressão de Miller, uma bíblia negra, onde se lê: Não estamos mais na narração. [...] Ai! agora chegamos ao real, no que diz respeito à tarântula.
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Às voltas com Lautréamont Laymert Garcia dos Santos Author
NW EB DL
ISBN: 9786586941005 bzw. 6586941008, Sprache unbekannt, n-1 edições, neu, E-Book, elektronischer Download.
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Há entretanto aqueles que escrevem para aceder ao silêncio e não para expressar-se, para curto-circuitar o pensamento e não para pensar, para desaparecer e não para aparecer. Escrever torna-se atividade que se exerce em outra dimensão, escrever é o movimento de um sopro, que se funde, se confunde com sua fonte, que é vida, isto é, poesia em ação. Escrever, então, escapa à literatura e aos profissionais da expressão, escapa à lei e à culpabilidade. Tais homens, a que a rigor a tradicional noção de autor nem mais se aplica, deixam obras desconcertantes. A regra é a literatura, a regra é o caso dos homenzinhos que gostam de escrever. Há uma exceção que se subtrai às regras. Como perceber a exceção se não é possível considerá-la nos termos a que nos habituaram a literatura e a crítica? Num curto texto sobre Lautréamont, Henry Miller sugere uma via: a análise dos ingredientes e da construção da obra não ensinam nada. Alguém crucificou-se: isso é o que conta. Crucificou-se, assumiu o mal em toda a sua extensão e diversidade, no momento em que o mundo inteiro degringolava – embora ainda secretamente, no inconsciente. Alguém crucificou-se deixando, na expressão de Miller, uma bíblia negra, onde se lê: Não estamos mais na narração. [...] Ai! agora chegamos ao real, no que diz respeito à tarântula.
Há entretanto aqueles que escrevem para aceder ao silêncio e não para expressar-se, para curto-circuitar o pensamento e não para pensar, para desaparecer e não para aparecer. Escrever torna-se atividade que se exerce em outra dimensão, escrever é o movimento de um sopro, que se funde, se confunde com sua fonte, que é vida, isto é, poesia em ação. Escrever, então, escapa à literatura e aos profissionais da expressão, escapa à lei e à culpabilidade. Tais homens, a que a rigor a tradicional noção de autor nem mais se aplica, deixam obras desconcertantes. A regra é a literatura, a regra é o caso dos homenzinhos que gostam de escrever. Há uma exceção que se subtrai às regras. Como perceber a exceção se não é possível considerá-la nos termos a que nos habituaram a literatura e a crítica? Num curto texto sobre Lautréamont, Henry Miller sugere uma via: a análise dos ingredientes e da construção da obra não ensinam nada. Alguém crucificou-se: isso é o que conta. Crucificou-se, assumiu o mal em toda a sua extensão e diversidade, no momento em que o mundo inteiro degringolava – embora ainda secretamente, no inconsciente. Alguém crucificou-se deixando, na expressão de Miller, uma bíblia negra, onde se lê: Não estamos mais na narração. [...] Ai! agora chegamos ao real, no que diz respeito à tarântula.
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